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quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Insanidades II


 Ontem, dia 21 de Setembro de 2022, o Senhor Putin dirigiu-se aos seus concidadãos para anunciar a mobilização parcial, como sublinhou, visto pretender integrar nas fileiras do seu exército mais 300.000 soldados, recrutados entre os reservistas. Mas mais: culpando sempre os países ocidentais e a Nato de querer destruir a Rússia- imagine-se- fez questão em afirmar, ( reiterando que não é bluff), que está preparado para utilizar todos os meios, incluindo armas nucleares, até porque - diz o rapazola - as nucleares dele são melhores do que as da Nato. Custa a crer. O mundo tem de se haver com garotos de uma irresponsabilidade medonha. Rapazolas como este nunca deveriam ter acesso a cargos de tanto poder. Como é evidente, Putin é, neste momento, um cão raivoso que não pode admitir o seu rotundo fracasso na invasão da Ucrânia. Chamou-lhe operação militar especial e penalizou até a utilização da palavra guerra. Alardeou que em menos de uma semana venceria a Ucrânia. Vai já perfazer 7 meses daqui a dois dias e, ao que parece, os últimos avanços são da Ucrânia e os soldados russos retiram de zonas que já ocuparam no chamado Donbass ( Luhansk e Donetsk, designadamente). Para já, o mundo ocidental não se intimidou com as ameaças, ao que tudo indica. Todos os países da Nato e a UE reafirmaram já a continuação do apoio à Ucrânia. Os crimes de guerra praticados pelos soldados russos são notórios, como as imagens documentam profusamente. Em pleno sec.xxi é intolerável o que acontece no território ucraniano. Seja qual for o desfecho desta selvajaria, o mundo nunca mais será o mesmo. Mas como foi possível que tudo isto acontecesse? Num país territorialmente enorme e com uma população próxima de centena e meia de milhões de habitantes, como é possível que uma nulidade como esta consiga criar ao seu redor uma clientela de corruptos que digam amen a um louco? Dir-se-á que não é caso único na história. É verdade. Mas nunca houve tantos meios de hipotético controlo como agora. E nunca houve tantas possibilidades de destruir a vida no planeta como há agora.
 Vivemos a demência da incerteza.