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terça-feira, 1 de julho de 2014

Notas incertas e...requentadas

Há meses que nada escrevinhava nas marionetas. logo, houve apenas "ganho de causa". Mas tantas coisas têm acontecido que talvez valha a pena lambuzar duas ou três penadas. Foram as eleições europeias. A 25 de Maio. Caramba. Ainda me lembro. A sensação foi a eleição do Marinho Pinto, ex-bastonário da OA e de um outro candidato do MPT  ( Partido da Terra, imaginem). A segunda sensação consistiu na crise do pequeno vencedor (PS) apesar da derrota bem pronunciada da rapaziada no poder (PSD e CDS). A paulada foi tal que a rapaziada ficou abaixo dos 29%. Mas o PS, de modo não inesperado, perfilou-se para contestar o António José ( pouco) Seguro. Foi o Costa da CMLisboa quem lançou o repto. O Costa! Que se encolheu inúmeras vezes, vislumbra agora como inevitável um poleiro mais alto. Por pouco que faça. Por pouco que valha. Com grandes apoios nos fundadores do PS & Cª. É bem do PS. A insídia e o despeito está-lhes no sangue. Mas não é exclusivo. Caracteriza o país. Por muito que nos custe, esta é a verdade. O país tornou-se despeitado, medíocre, insidioso.
A Ucrânia tem estado a ferro e fogo. Pelo menos a chamada parte oriental, com destaque para a Crimeia, que votou esmagadoramente pelo "regresso" à mãe Rússia. O movimento contaminou outras regiões do Leste. Os USA e a UE que auxiliaram e rejubilaram com as manifestações e a paulada na praça de Kiev contra o anterior governo, ( que os revolucionários de direita conseguiram depor) entendem curiosamente que as outras rebeldias são ilegítimas. E auxiliam o uso da força por parte daqueles que nem eleitos foram. Rectificação: o presidente, dito Poroschenko (?) foi eleito por alguns no meio da trapaça. Nunca julguei que um dia poderia dar razão ao Putin, cujo nome me parece adequado à personagem. Mas este enredo da Ucrânia revela como o Ocidente está a ser governado por patetas, sem visão, sem estofo e sem valores. Os auxílios que o mesmo Ocidente prestou aos rebeldes Sírios, já serviram para criar um Califado que envolve parte da Síria e do Iraque. Toma. É o ISIS. Parece que controlo já a maioria das cidades iraquianas.
Vamos à bola. Não vamos porque o campeonato do mundo é no Brasil. Longe p'ra burro. Sendo que os rapazes milionários que deveriam ter representado o país já regressaram. Saíram aos primeiros rounds: com uma vitória suada sobre o Gana, um empate em cima da hora com os USA e uma derrota estrondosa com a Alemanha. Mas o Bento, que disso tem pouco, de nada se arrepende. Não fosse ele já Bento. E não se demite. Pudera. Onde ganharia como na FPF? Com as condições que, seguramente, lhe são aí garantidas? Ninguém se demite nesta terra. São brandos os nossos costumes. Um pouco mais do que brandos. Têm já o sinete  da resignação que a todos tolhe.
Agora é o BES e respectivo grupo. Escrevo no dia em que foram suspensas pela CMVM quaisquer operações ( compras e vendas) sobre os títulos da holding familiar e do próprio banco. Já o disse há muito tempo neste blog. Há muitos anos que não se conhece um negócio sujo, em Portugal e não só, uma negociata choruda que envolva trafico de influências ou corrupção, onde o BES ou uma empresa a ele ligada não esteja envolvida. O Senhor Salgado sempre que dizia e que diz algo para português ouvir nem se coibia nem coibe de nos tratar como imbecis. Que somos. Imagine-se que acabo de ler o seguinte: o PCP pede uma intervenção no BES, ainda que seja a nacionalização. Fico estupefacto. Depois de tudo isto, o PCP ainda quer dar dinheiro aos accionistas do BES. Arre porra que não aprendem. Melhor. Se calhar até aprendem bem. É assim que eles querem. Atrás do BPN, do BPP, do BANIF, etc. etc. só faltava vir o BES e pedir-se ao Zé que pague, uma vez mais. E lá vamos, cantando e rindo. Os bajuladores do costume, altamente maioritários entre nós, já escreveram milhares de páginas em todos os pasquins sobre a zanga dos primos Ricciardi e Salgado. E com "zangas" nos ficamos! Espero bem que não sejamos tão patetas que consigamos dar-lhes "lucro" com as zangas. Que não obtenham lucro com mais uma zanga. Por favor.

1 comentário:

  1. "Arre Porra que é demais!"
    Diz o Povo, com razão
    Mas vai suportando tudo
    com muita resignação

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