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domingo, 9 de dezembro de 2012

Imperdoável

O Zé pagante ( Rafael Bordalo Pinheiro)
Luís Marques Mendes disse há poucos dias que o Vitor Gaspar deve estar a gozar com o pagode. Louvo a forma directa e honesta como o ex-presidente do PSD - e que até apoiou Passos Coelho - exprimiu a sua irritação e indignação. Sentimentos que se generalizaram.1- Em quem apoiou Passos Coelho, farto da baronagem do PSD e na esperança de quem alguém menos comprometido pudesse fugir à lógica de interesses e de tráfico de influências do bloco central. Estes já se desenganaram, obviamente 2- Indignados estarão também todos aqueles que votaram Passos Coelho para "punir" os últimos anos do PS, particularmente de Sócrates, cuja irresponsabilidade e descaramento muito contribuíram para que o País entrasse no caminho da miséria em que se encontra. Não foram apenas os governos de Sócrates, evidentemente. A irresponsabilidade é muito anterior e nela participaram também governos do PSD, designadamente os do actual Presidente da República. Todos os actos de miopia que trocaram a capacidade produtiva pelos simples e imediatos "subsidios" deveriam ser julgados por má gestão e, sobretudo, por irresponsabilidade e por traição ao que de melhor os portugueses fizeram nos seus oitocentos anos de história. A mediocridade nivelou tudo por baixo. 3- Indignados estarão ainda todos quantos acreditam com naturalidade que, apesar de saberem que a política vive de aldrabice, de nepotismo e de muita corrupção,  a atribuição de responsabilidades governativas deveria, no mínimo, contribuir para que "esse alguém" respeitasse quem lhe dá o poder e as prebendas: quem lhe paga o ordenado e os benefícios presentes e futuros ( que são sempre muitos, como já está demonstrado). Ora, estes ministros têm revelado uma demagogia e uma incapacidade desesperantes. Dizem e desdizem e voltam a dizer que não disseram, mas a culpa é sempre dos outros. Ninguém os entende porque os tolos (todos nósnão entendem tanta genialidade ( a deles). Nada sabem ou revelam saber da vida, da eficiência e equidade de medidas essenciais de governação, em bom rigor, nem português sabem, como se percebe cada vez que os ouvimos. Mas são génios incompreendidos! Caminhamos para o precipício. Tudo isto é imperdoável. Este governo conseguiu dar razão aos "esquerdalhos" - que não confundo com uma esquerda séria e consciente; aos arrivistas - que também soube integrar -; aos demagogos, lunáticos, populistas e até aos dementes ou caminhando para a demência. Arre, porra, que é demais. Isto, tudo isto, é verdadeiramente imperdoável. 

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