No post de 24 de Julho de 2011, falámos aqui, neste modesto blog, no primo alemão do Punch Inglês, irmão mais novo, por sua vez, do Pulchinelo, enfim, das figuras bonecreiras mais conhecidas da Europa. Era o Kasperl ou Kasperle, Gasparinho, diríamos em português. Há mais de um ano, a associação era bem menos evidente. Kaspar Laifari foi a personagem de um bonecreiro de grande classe de meados do sec. XIX, de seu nome Graf Pocci. Pelo que antes do aparecimento de Kasperl, o nome mais conhecido nas marionetas tedescas seria o de Hans Wusrst ( Zé Salsicha, traduziriamos nós, sem maldade, mas de forma agora também apropriada, nos tempos que correm). Bom, relembramos hoje esse post por nos parecer alegoricamente oportuno, face ao orçamento aprovado há dias, à situação caótica em que o país caíu e continuará a cair pela forma como as coisas se perfilam e que todos vêem menos o nosso Gasparinho. Lembramos apenas que o sentido de humor dos Alemães ( têm-no, não duvidem!) leva a que chamem às maçudas, improdutivas e tantas vezes patéticas discussões parlamentares, o Kaspertheater ( teatro de marionetas). A nossa feira da Ladra também não está mal. Se bem que o nosso sentido de humor vai sendo abafado por uma mal fadada resignação.
Ainda esta semana, o agora homem forte do Millennium BCP, de seu nome Amado, dizia esta coisa absolutamente transcendente: se pagassemos menos juros pelo dinheiro que o Estado nos "emprestou" para capitalização ( mais de € 3 mil milhões só ao Millennium, lembram-se?) então poderíamos financiar a economia!!! O Bava também se achou com o direito a bacoradas. Naturalmente. " A nossa fibra não está aberta para ninguém." Será que os "buracos não foram feitos em espaço público. Todos os buracos foram abertos no espaço público! Com fibras e sem fibras. E duvido que o Bava tenha fibra! Haverá reguladores em Portugal? Será que esta gentalha toma todos os portugueses como mentecaptos? Os bancos baixam os spreads apesar de tudo o que tem sucedido? Será que pagam tanto quanto nós pagamos ao BCE e Cª? Querem dado e arregaçado e dizem-no sem vergonha e sem pudor. O Senhor Governador do BP parece ter partilhado, para obter a sua anuência, seguramente, a ideia genial do hipotético banco de fomento com o Faria da CGD e com o Salgado do BES, entre outros, é claro. Muita coisa tem este "regulador" partilhado com a ordem irregular dos correspondentes padrinhos e sobrinhos. Lembram-se do BPN? E do BPP? E das "cegueiras obstinadas" do Constâncio e Cª? Até aos deputados negou informação. E bem mereceram a "nega" essas inúteis e subservientes marionetas de cordel. Como ele ( Constâncio) mereceu o tacho na Europa. Espero que tenha levado o motorista. Todos os nossos génios são reconhecidos na Europa e no mundo. Quanta merda! É tanta a merda, tão genial e tão patética que cansa tentar explicá-la. Só tentar explicar cansa! A arrogância, a prepotência, a mediocridade, a irresponsabilidade, a imbecilidade enfim, a merda em que toda a vida nacional se transformou é pateticamente cansativa. Agora estão os Açores e o Governo Central preocupados, muito preocupados, porque os Americanos decidiram "poupar" nas Lajes e não só, ao que parece. Consigo conceber que um Estado soberano exija contrapartidas, monetárias ou não, pela utilização de um espaço que se compreenda nessa soberania. Mas que fique histérico porque outro estado deixa de estar interessado na utilização que vinha fazendo do espaço, não me entra na cabeça. Mais facilmente admitiria que lhes pedissem o favor de ficar. Sim. Sim. Pedir e beijar-lhes a mão. Ou então desistam da ilha, que diabo. Tudo isto é patético. Alguém disse que o ridículo mata? Enganou-se no que a Portugal diz respeito. O ridículo não mata em Portugal. Em Portugal, nos tempos que correm, toda a merda engorda, seja ela central, regional ou local. Terá fim toda esta merda? Algum dia terá fim?
O Gasparinho ri-se. Por ser primo do Loucâ, seguramente. |
Como eu te compreendo...É mesmo uma merda.
ResponderEliminarNo que aos Açores diz respeito parece um daqueles casamentos que acabem mas há sempre um que quer continuar casado. Contra a vontade do outro. Enfim obriguem lá os Estados Unidos...haja Deus.