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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Gravatas e não só


Há meses que nenhum cisco era carreado para estes cucos. Tantas coisas importantes e sérias ocorreram entretanto, com os cucos e com as marionetas reais que o mais avisado é exarar nestes cucos virtuais umas larachas de pouca importância. Ocorre-me um episódio de um tempo saudoso. As páginas amarelas ( ou a empresa que as explora) vive hoje dias complicados, ao que sei. Mas quando pertenceram à ITT ( Imprimarte, era o nome da empresa portuguesa) as páginas amarelas foram uma verdadeira máquina de fazer dinheiro e a Imprimarte uma empresa exemplar. Resistiu a todos os "embates" revolucionários nos anos setenta e cresceu como poucas ( ou nenhuma) durante esses anos de brasa. Os seus vendedores eram os melhores do País. E mesmo nas empresas similares do grupo ITT eram considerados dos melhores, senão os melhores. Pude testemunhar isso numa deslocação ao Reino Unido. Além de you bet they were pro's, gostavam de vestir bem. Enfim, era uso usar gravata, o que nem sempre é sinónimo de vestir bem, naturalmente. Tsipras/Varoufakis à parte, um desses vendedores apresentou-se um dia, na chamada reunião matinal, muito bem vestido ( presunção e água benta...) mas sem gravata. O supervisor de vendas engalinhou e, apesar da relação de amizade entre ambos, entendeu que o vendedo não poderia visitar clientes ou esgravatar sem gravata. Rebuliço. Entrou na lide um novel Director de Marketing que sustentou a posição do supervisor. O administrador delegado, de origem cabo-verdiana era mais sensato. Tinha mais anos de empresa e maior ponderação. Deslocou-se à sala/catedral de vendas, ouviu o vendedor e o supervisor, sorriu e (com a sabedoria africana)  pronunciou-se: (i) para o vendedor: o fato é bonito, e a camisa também; (ii) para ambos: vejam lá. A gravata é um acessório importante. Serve para embelezar e não para nos enforcarmos. ( E assim falou Zaratustra). Os protagonistas das ocorrências ( ou lutas) greco-troikianas recordaram-me o episódio, velho de 40 anos. Chatice. Os comentários e desvarios ( femininos e não só) foram bons motes para sorrir. Vá lá saber-se por quê. Quem me dera que algumas ( que não a incrível Isabel das borbulhas) me achassem hoje tão sexy como o Varoufakis,  porra.

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