Sem ironia: o mesmo é dizer "à séria". sendo o afluxo de migrantes ou refugiados - para agradar a Gregos e a Troianos (ou serão Húngaros ?) - a mais séria crise europeia posterior à II grande guerra, há que ter juizinho e também algum jeitinho para domar a maré.. A demoníaca senhora Merkl de há meses e anos, tem-se batido de tal forma pelo acolhimento que já há quem lhe chame madre Angela do santo refúgio. É a vida.As voltas e contra-voltas que o mundo dá. Vejam-se, entre nós os Costas, Jerónimos Catarinas, Passos, Portas (de irrevogáveis janelas). Paradigma das voltas e reviravoltas em torno dos tachos com as ideias destes aplicadas por aqueles e vice-versa. Mas voltemos aos migrantes e à soror Angela do santo refúgio. Temos de ser claros. Ó Angela, tem mesmo de haver cotas ou quotas para que todos os países colaborem neste admirável esforço humanitário? Alguma mão de obra mais barata também não fará mal nenhum. Adiante. A que propósito, amiga e admirável Angela, vamos nós condenar um sírio ao inferno de Portugal quando ele quer é escolher o paraíso alemão? Porquê o purgatório francês quando ele quer é a santa, pacífica e sumarenta Inglaterra? Ou há liberdade ou comem todos. Se os acolhemos porque somos o destino de liberdade que procuram, não podemos impingir-lhes aquilo que eles não querem. Verdade? Deixemo-nos de escravaturas (?) encapotadas. Fim às quotas! Os nossos refugiados têm o direito de escolher a sua terra preferida. Os refugiados dos outros é outra loiça. Quem não terá bem esse direito são os sujeitos das restantes quotas. E não são só as minorias. As mulheres são a maioria desta pobre humanidade. Mas, por razões estranhas, algumas delas batem palmas às quotas: para deputadas, ministras, administradoras, etc. É fashion. Todas as quotas são fashion. A evolução é espantosa! Está demonstrado que as quotas não só não colidem nem tolhem o mérito, como contribuem largamente para a sua peremptória afirmação. Assim: a Drª Maria vai para ministra da saúde, das finanças, da justiça, uma coisa dessas. Agora até conviria ir para Belém. No meio da missão espinhosa dirá, por exemplo, que já não quer. Pronto. Não quer. Não é a sua àrea. Gosto mais do meio-campo. Verdade, verdadinha. Algumas más línguas também vão sussurando que a Drª não tinha muita habilidade, jeitinho, aptidão, banalidades dessas. Vamos prescindir da Drª Maria? Então as quotas? Criou-se o ministério da igualdade que tem a ver exactamente com as quotas. Mais recentemente a igualdade mudou a agulha para a tal Belém, como é sabido. Ora essa! tudo isto é fácil. Rápido é dá milhões como se demonstra e continuará a demonstrar-se. Por isso, necessidade de quotas há e haverá muitas:, muitas mais: de negros, asiáticos e afins; de gays, lésbicas bisexuais e transgéneros, - LGBT, que é mais chique - de loiros, morenos ou ruivos; de altos, baixotes, gordos magricelas ou assim assim. Viva a diversidade! Viva que é democrática. Estas quotas são também indiferentemente cotas. Como as quotas sociais. É assim há muito tempo. O acordo ortográfico nada tem a ver com isto. É pena. Porque eu pelo-me por dizer mal do AO. Não é que alguém se incomode. Mas gosto de maldizer do AO. Mas cotas há muitas mais: as cotas de armas dos cavaleiros medievais, destinadas a proteger o cabedal, apesar da eventual incomodidade deste gibão de malha metálica; as cotas de nível, as cotas numéricas e também cotas à margem, enfim, os homógrafos são abundantes...muito abundantes. Mas os e as cotas mais modernaças, da malta jovem, pois então, são como que sinónimos da também dita peste grisalha. Não se pense que é jargão ou qualquer inconsistência da malta. Não, não. Tem todo o direito a figurar no novo léxico português. Cota, com este sentido, é usado no Kimbundo e daí deriva, de Kota. A tal. A mesma que a dita peste grisalha. Que ocupa os lugares e é responsável pelo desemprego jovem. Que recebe pensões e é responsável pela insustentabilidade da segurança social. Que não fez filhos e agora já não pode fazer sendo por isso responsável pela drástica redução da natalidade. Vejam bem as voltas que tudo isto dá. Por tal razão - repito - também por tal razão é que são necessárias - imprescindíveis - os migrantes, refugiados ( como se queira) e as respectivas quotas. Eis como cotas, completamente diferentes das quotas, podem afinal estar ligadas numa perfeita relação de causa e efeito.
Gostei do estilo literário. Gostei da fina ironia. Gostei da relação "causa-efeito" entre cotas/Kotas e quotas. Abraço. Jerónimo.
ResponderEliminarObrigado Jerónimo. Estou á espera do livro sobre o Golungo. Abraço.
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