Para calar o caso das viagens foi anunciado um código de ética porque a lei não basta. E têm razão. A Lei é intragável. O tal código deverá ser em banda desenhada, pois claro. A propósito: alguém o viu, digo, alguém o leu? Como algumas das viagens foram pagas pela Huawei, talvez tenha seguido para ministros e secretários de estado via SMS ou via WhatsApp. As TI ( tecnologias de informação) são agora instrumentos vitais no combate aos fogos, como é sabido. Sempre foram. Ponhamos os olhos no estrondoso SIRESP.
Para os distraídos, vulgo mentelapsus, vai ser criado um guia de incompatibilidades. Não é extraordinário? Tantos lapsus! O PM já teve lapsus. O seu amigo e adjunto teve lapsus. O secretário de estado do desporto teve lapsus. Enfim. Pode conjugar-se o verbo cantarolanto: eu lapso, tu lapsas, ele lapsa...e por aí fora. O ainda não ministro Siza Vieira constituíu uma sociedade imobiliária um dia antes de tomar passe. Aqui, nada de lapsus. Au contraire: trés avisé. Mas, -só o dianho - o ministro a haver e já gerente colapsou logo nas incompatibilidades. Uma sumidade em direito comercial lapsou num princípio ético intuitivo. Terá lapsado com a EDP e a CTG (china três gargantes). O amigo e PM saíu em defesa do amigo, naturalmente. Saíu sempre em defesa dos amigos. Quem nunca lapsou que atire a primeira pedra.
Tudo isto é divertido. Por isso, lá vamos, cantando e rindo. Há quem espere milagres do TC ( tribunal constitucional). Eu não. Mas sempre direi que o homem deveria ser demitido. O lapso poderá desculpar-se. Mas tamanha incompetência, não.
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