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sábado, 17 de dezembro de 2011

Dívida, garotices & companhia

O deputado Pedro Santos ficou, subitamente, famoso pelo facto de ter dito aquilo que todos os outros e muitos socialistas e companheiros de route - mesmo não deputados - verdadeiramente pensam. Os "banqueiros" alemães e franceses já tremelicam de medo só com a perspectiva de não pagarmos a dívida. Logo, em bom rigor, esta declaração ajuda a actual maoiria a gerir a mesma dívida. E só isto é necessário. Nunca pagá-la porque ela é eterna.  Como diria o deputado Acácio (da UDP ) os ricos que paguem a crise. Agora é a Merkl e o Sarkozy, esses desavergonhados, que se atrevem a dizer que temos de produzir o equivalente ao que consumimos. Então para que diabo será a solidariedade? Esta Europa não está bem. Não  tem líderes. Razão tem- uma vez mais - o papa doctor Soares. Tanta garotice de gente com responsabilidades políticas, impõe que nos questionemos. Quem deu tamanha responsabilidade a esta gente? Todos nós ou melhor, a maioria daqueles que votam. Como aqueles que votam já são a minoria dos que poderiam votar, por que continuaremos a encher diariamente a boca com a imagem florida da democracia? Os fetiches são imprescindíveis. A democracia tornou-se o fetiche dos nossos dias. Em nome dela são possíveis todas as imbecilidades. E ai de quem se atreva a defender uma ideia séria, ainda que genial, sem o aval do cheiro democrático. Na gestão da coisa pública só vale o que for democrático. É democrático tudo o que for da conveniência dos "participantes", "activistas" "oportunistas", o outros "istas": desde que se mantenha a ilusão da mencionada maioria. Em boa verdade, bem mais importante do que a dívida ( que alguém pagará), bem mais importante do que a dignidade ( coisa do passado), bem mais importante do que tudo, é simular a aprovação ou mero consentimento da maioria para todas as imbecilidades e garotices.  E Viva a Democracia.

2 comentários:

  1. De facto, o desinteresse por parte de grande número de cidadãos pela «coisa partidária» (não têm vida nem feitio para se gladiarem por um cargo na administração pública ou empresarial do Estado... que é para isso que servem os partidos, como instrumentos da conquista do poder político...) acaba por corresponder a «um tiro no pé»: estão fora do controlo da «coisa» e depois aparecem a mandar um «cucos» ou umas «marionetas»... É pena que a valorização das pessoas passe pelas imbecilidades que são capazes de dizer em público, mesmo que elas representem o descrédito pessoal e dos que estão por trás da mensagem... Não nos veremos livres dessa gente se não estivermos disponíveis para fazer diferente...

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  2. Tem toda a razão José Manuel. O seu comentário é deveras pertinente.

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