1-Títulos: para o objectivo pretendido, os alentejanos usam preferencialmente a palavra pantomineiro. No Norte utiliza-se com muita frequência trampolineiro. Pantomineiro tem para mim uma "carga" sentimental: gosto de teatro; gosto muito da pantomina, enquanto forma de expressão corporal e não só. Vi há muitos anos Marcel Marceau e apaixonei-me por todos os mimos. Ora, compreenderão que tive de procurar outro termo para designar todos aqueles cucos que arribaram em Portugal, apropriaram-se de todos os ninhos bem situados e abocanharam - abicaram - tudo o que poderia dar rendimentos fáceis, espoliando a sociedade portuguesa de forma talvez nunca vista. Mais: inventaram criaturas, ditas políticos, que criaram os poleiros apropriados à espoliação desenfreada para partilharem das sinecuras.
2- Cansaço: BPN, BPP, BP, Banif, PP's, BES, GES e tralha afim. São tantos, tantos os casos que se torna cansativo comentá-los. Há semanas que o BES não nos larga nos jornais, televisões e rádios. Muitos anos se passarão sem que nos largue nos bolsos. É um cansaço. Há anos que neste mesmo local, este escriba diz da miséria destes figurões, designadamente do salgado ou insonso, porque soube "adquirir" laterais proptectores de todas as cores. Esperto o Figurão. Foi outra entrada neste blogue, já com anos, se não erro. Todavia, muito mais conhecedores e profundos, o Senhor Presidente da República, o PM, o Senhor Governador do BdP, todos eles e muitos mais ( os acólitos da ainda dita comunicação social), afiançaram a todos que o BES era sólido. Até tinha uma almofada financeira de 2 mil e quinhentos milhões. - os problemas eram do GES e não do BES, pois então -. Já então o BdP cujo governador, como Marco António is an honorable man, emprestara ao sólido Bes 3 mil e quinhentos milhões, ao que parece.São tantas, tantas, que é um cansaço comentar todas estas despudoradas obscenidades.
3- Regime: todos nós, portugueses, somos um pouco esquizofrénicos. Ainda bem que o somos. Morríamos de vergonha se não reinventassemos quotidianamente a nossa realidade. Como aguentaríamos nós esta choldra? - pobre D. Carlos! Tão criticado por uma expressão adequada a tanto do que aqui acontece e aqui se sedimenta. Um regime sem solução. A melhor ditadura é aquela que se veste de democracia. Titubeio a expressão de memória, sem qualquer preocupação de acertar com as palavras. Este último caso - para já, último - vem apenas confirmar que esta democracia está podre e empesta tudo aquilo em que tocou e continuará a empestar até que o nepotismno e a corrupção sejam extirpadas da sociedade portuguesa. Far-nos-ía bem um pouco de mérito e de decência, não? Com realismo, julgo que nunca irá acontecer. Os interesses do bloco central, centrão, arco da governação, o que se quaira, estão em todo o lado. Como lapas que só ácidos muito corrosivos poderão desalojar. Mas, sejamos crentes e um pouco esquizofrénicos. Talvez, talvez. Talvez esta democracia encontre meios de regeneração. Ou talvez se crie outro partido regenerador. Vade retro satanás.
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