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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Manhã de Fevereiro

Manhã de Fevereiro na Serra de Monfurado, concelho de Montemor-o-Novo. Um riacho com água límpida, alguns dias depois de deixar de chover. Deduzo que esteja cheia a represa ilegalmente construída na herdade por onde passa. Será cair um pouco na aura mediocritas mas sabe bem sentir o vento frio e o sol desta manhã que saúdam o montado ainda saudável, por estas paragens. Até quando? Esta realidade perene afasta-nos momentaneamente das más notícias matinais. O Senhor Kadafi, um grande lider carismático ( Sócrates dixit) ainda há meses, expõe agora a Líbia ( do seu regime) a sanções internacionais, mas simultaneamente aumenta em 150% os vencimentos. Dos funcionários públicos, supomos. É espantoso como todos os ditadores - ostensivos e ocultos- sabem prometer e oferecer bananas ou amendoins, como se queira. E sabem quando devem oferecê-los E é espantosa a facilidade com que tomam por certa a venialidade do seu povo! Do mesmo povo que exterminam quando se sentem o poder ameaçado. Terão razão?
Por cá, continuamos à espera do tio da América. Louvável esquizofrenia. Rui Rio, da margem Norte do Douro, diz que o País está de gatas. O seu colega de partido, hoje no 2º mandato de Presidente da comissão europeia, disse que o País estava de tanga quando sucedeu a Guterres. Mas nada foi feito, por uns ou por outros, em benefício concreto do pobre País cuja situação tão bem qualificam. Em retórica oca ninguém nos bate. Nem os Italianos. Louçã diz que Sócrates vai ao encontro de Merkl com o coração nas mãos! A sangrar, seguramente. Mas este País, de tanga ou não, paga aos políticos, aos gestores públicos e a muitos outros que, directa ou indirectamente mamam na teta do orçamento, muito mais do que países bem mais ricos. Melhor do que a Alemanha, em muitos casos. Ele é o presidente executivo da TAP. Ele é o governador do banco de Portugal, etc. etc. O banco de portugal! Uma verdadeira inutilidade, como demonstrou e demonstra diariamente. Pois o dito governador ganha mais do que o presidente da reserva federal nos Estados Unidos. É só um exemplo. Um pequeno exemplo. Nós somos pouco mais de 10 milhões e um país pobre pelos padrões europeus. Os Estados Unidos são a 1ª economia do mundo e produzem 1/3 da riqueza desse mesmo mundo. Será isto tolerável? Será tudo isto tolerável? Teremos perdido o sentido da realidade e do bem senso, todos nós?  

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