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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Despudor

Os meios de comunicação social dão hoje notícia da acusação contra o alegado raptor do menor Rui Pedro. Treze anos depois do desaparecimento do menor, então com 11 anos. Um responsável da PJ diz que isto se deve ao facto de ter havido mudanças na equipa de investigadores e acrescenta que, por vezes estas demoras até são favoráveis à investigação ( e à Justiça, pressupoe-se).
Será possível que alguém responsável, com uma inteligência mediana, possa ter-nos a todos em tal conta que afirme publicamente este estúpido absurdo e continue impune? Será que o despudor atingiu já os limites do absurdo em Portugal? Uma acusação treze anos depois do desaparecimento; uma investigação incompetente que diz ter seguido pistas, aberto e fechado linhas de investigação mas que, na verdade, se arrastou impunemente, destruindo a vida dos pais do menor, - lembro a figura desesperada da mãe, há anos, numa entrevista televisiva -, do próprio menor, necessariamente, e,  porventura, de muito mais gente. As portas dessas linhas de investigação que se abriram e se fecharam seriam muito, muito pesadas, seguramente, rangendo nos gonzos da maior e mais insolente incompetência. Em Portugal, não há responsáveis por nada do que aconteça: na Justiça e em todos os outros sectores da patética vida desta paróquia sem rei nem roque. É demais! Quando e quem fará pagar os responsáveis por esta apagada e vil tristeza em que estamos mergulhados?

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