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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Ele há coisas!

Os jornais noticiaram esta semana que a socialista Ana Gomes comparou Paulo Portas a Strauss-Kahn, opinando que não deveria fazer parte do próximo governo, com o cândido objectivo de evitar humilhações como as que teria sofrido o Estado Francês. Que preocupada! Que francófona!  Há gente para quem qualquer comentário é uma perda de tempo. Não sou e nunca fui admirador de Paulo Portas. Mas não é preciso sê-lo para repudiar um comentário boçal, despeitado, revanchista,  que pressupõe um juízo de natureza criminal sobre o comportamento de Dominique Straus- Kahn, entre outras imbecilidades. Que é feito da presunção de inocência? É um valor elementar da civilização, Senhora Drª Ana Gomes. Vindo de alguém que até nos representa - mal, é verdade - em Bruxelas, é caso para estupefacção. Vindo o comentário de alguém que um dia antes se indignara com uma pergunta de uma jornalista ao seu demissionário chefe sobre o eventual efeito da demissão no andamento dos processos penais em que alegadamente terá estado envolvido, é simplesmente repugnante. A jornalista, bem ou mal, oportuna ou inoportunamente, estava a fazer o seu trabalho. A Euro-deputada, que pertence a um partido que contribuíu decisivamente para a penúria em que o País está e para o descrédito do Estado Português, está a libertar o mais feio despeito e a mais baixa inveja. Neste momento, todos nós deveremos, ao que penso, defender o governo saído das últimas eleições - se democratas ainda somos - ajudando a restaurar alguma credibilidade do Estado. Andar de mão estendida a dizer mal de membros do governo que ainda o não são, é deplorável.
Como é possível que a mediocridade e as atitudes mais patéticas se tenham apoderado desvergonhadamente deste pobre País? O que fez Ana Gomes para ser deputada no Parlamento Europeu? Porque estava na Indonésia quando os Estados Unidos obrigaram este País a retirar de Timor? Será que ela nos quer convencer que teve alguma influência determinante em tal acto?
O oportunismo instalou-se e não deixará que os mais elementares valores regressem e nos ajudem. Infelizmente constatamos isto diariamente. Com as Gomes e os Gomes que ainda nos confrangem.

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