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sábado, 9 de julho de 2011

Murdoch e as marionetas de fio

O cartoon é hoje 1ª página do Jornal Público. A minha homenagem ao autor. Vem na sequência do encerramento do Jornal News of the world, em virtude das escutas ilegais, dizendo que Cameron teria ordenado a realização de um inquèrito.
Ocorre-me que também os Políticos portugueses - muitos dos que nos têm governado nas últimas décadas- deveriam ser cartaz de um anunciado espectáculo de marionetas. Murdoch poderia ser substituído por muita gente. Também dos meios de comunicação. Mas, em 1º lugar, o "espírito santo de orelha" sussurra-me que indicado deveras seria um figurão da Banca. Por razões que o dinheiro bem conhece, tudo o que tem acontecido a Portugal parece ter sido inspirado nos interesses desse figurão. Porque será que o jornalismo português, e até os bons cartoonistas que temos e sempre tivemos, - mesmo no tempo do Estado Novo- têm bem mais inspiração para acontecimentos e personagens internacionais do que para o que se passa na paróquia?
É certo que muito do nosso jornalismo é mau, pouco corajoso, culturalmente medíocre para não destoar, e vive das migalhas do poder. São fenómenos notórios que se manifestam com alguma subtileza em todos os momentos e com clareza em época de eleições e que explicam, porventura, a razão pela qual as sondagens dão sempre - nos últimos tempos - melhores resultados ao partido no poder do que aqueles que acaba por alcançar. Mas os inquiridos também terão alguma reserva mental. Tudo em sintonia, afinal, com os brandos costumes nacionais. Ainda que haja más "notações" dos ridículos economistas de todas as Moody's. Afinal, ridículos mesmo são todos aqueles que reagem em função dessas avaliações. Ou melhor: ridículo é um mundo dirigido por palpites vertidos em patéticas sequências alfanuméricas. É tudo tão precário que custa a acreditar. Precário e feio o caminho que teimamos em percorrer. 
 Até quando? Assustador é pensar que não haverá regresso.

                                   

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