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terça-feira, 5 de julho de 2011

Ternura rafeira

No passado dia 16 de Junho, a rafeira Diana, ainda adolescente - com menos de um ano - pariu 7 cachorros, na Quinta dos Olhos d'Água, debaixo de uma sebe. Dois morreram pouco tempo após o parto. Restam 5, com aspecto gordo e saudável. Começam a mexer-se e já procuram ração, além da teta da mãe.
São filhos de adolescente, como disse, e de uma relação incestuosa, visto que o pai é o irmão da Diana, de seu nome Maltês. Trata-se de um belo exemplar de rafeiro alentejano. Na fotografia, vê-se o focinho do Manolo ( único com nome e também o mais atrevido), e o irmão cinzento e branco está de rabo.
Uma vez mais o campo proporciona momentos de reflexão. Vale a pena ponderar a força e a capacidade do instinto animal, enquanto componentes essenciais da natureza. A cadela é assustadiça e, por isso ou por algo mais, acaba por ter comportamentos tolos. Só nos foi dada, em estado faminto e maltratada, um mês depois do Maltês. Recuperou, mas ainda hoje pesa metade do irmão ou pouco mais. Todavia, desde que pariu, não permite que o irmão se aproxime dos canitos. O cão morde-a, o que também não é comum, ao que julgo. Ainda assim, o cão respeita o seu instinto maternal e não se aproxima dos filhos/sobrinhos. Por enquanto.
Esta protecção firme das crias em detrimento do macho, ainda que pai, já acontecera na Quinta, quando uma égua pariu. A protecção era tal que chegava a ser agressiva para o macho. Tudo isto ou quase tudo é transportável para o ser humano, provavelmente. Por muito cruel que pareça.

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