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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Troikas e Baldroikas


Afinal quem chamou a troika? Troika de argumentos pedagógicos no debate. Sim, porque de tão elevados, rigorosos informados e informativos argumentos, imagens, planos, questões, níveis sonoros e tudo o mais que se queira ou se adivinhe, só o das generalistas entre o Passos e o Costa, foi e será durante muitos anos o debate. Quiçá perpetuamente.
Pagaremos a quem e o quê, afinal de contas? Adiantamento da dívida ao FMI ou meros títulos do tesouro amadurecidos? Não importa. Não importa nada. É tudo a mesma marmelada, até porque o Senhor lapsos não tem qualquer problema em admitir os lapsos. Ou seja, em admitir-se a ele próprio. Mas imaginem: era urgente vender o bom do BES, Novo Banco, resultado da Resolução, enfim, também aqui será o que se queira. Antes do acto eleitoral. Não houve acordo, não houve negócio. Deixou de ser importante. Porquê? Então o dinheiro que os contribuintes ( também se diz Estado) "emprestou" ao fundo de resolução está lá muito bem, pois claro. Até está a render! Genial, não é?
Por esta bagunçada e talvez nem só por ela, o défice crescerá para 7,2% do PIB ( 6.8, 5,9 o que se queira). Que importa isso? Se ganhar o PS, nem será preciso mexer no programa. Ele encolhe e estica como pé de pobre. Para o Senhor Costa é assim. A questão reduz-se a uns saltos de alegria no palco, acompanhado pela turba comicieira. Que incentiva e é incentivada. Portugal é assim. Dá-nos as alegrias esperadas quando menos se espera. Bom, atenção ao rigor informativo. Porque a Comissão Europeia ( ou será o BCE?) logo desmentiu o Costa. Trata-se de um aumento meramente contabilístico. Portas dixit. O que terão dito foi que tal aumento poderá ser pontual, ou limitado no tempo. Claro. Caso o dito Novo Banco venha a ser vendido  pelos valores do empréstimo ao fundo de resolução. Se assim não for, quem garante o retorno da massa? Mas para o Senhor Portas é importante:(1) afirmar que o Senhor Costa foi catagóricamente desmentido pela troika, perdão, uma parte dela apenas; (2) enfatizar que contabilístico e pontual são afinal sinónimos. A contabilidade pontua aqui e em qualquer lado. E o ponto ou mesmo os pontos separam tudo o que deve ser separado pelas nóveis ciências ortográficas.É assim. Isto e muito mais.Tenhamos esperança. Um génio guiará o rebanho depois de 4 de de Outubro. Dentro de dias. Porque o povo não é estúpido.
Terminemos o devaneio de mal-dizer ( olha o acordo...) com o MAS catalão. O junts pel si, (com a candidatura d'unitat popular) tem maioria para negociar ou declarar a independência catalã. O Rajoy  diz que não negoceia. Outras ameaças e apoios á unidade do estado espanhol vieram em turbilhão: da UE, do Obama e...mais importante ainda do 1º ministro português. É esse. É esse. O Passos Coelho, pois claro. Também favorável à unidade da coroa, isto é do Estado. Logo, o que vai negociar o MAS e com quem? Tarefa dura. Até porque para pertencer à UE todos os estados membros têm de votar favoravelmente. Haja esperança de que o Rajoy mude de ideias. Não só o Rajoy. Porque outras secessões espreitarão na UE: Reino Unido, Bélgica...e porque não Portugal? Enfim, será apenas mais uma troika e uma baldroika. Nada que não possa justificar-se. Podemos começar já com a criação das regiões, carago.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

(De)bate, batentes e ferrolhos

Ontem à noite, as 3 ( três) televisões ditas generalistas aparelharam-se para oferecer aos Portugueses - que oferecidas!- um debate Coelho/Costa, capaz de esclarecer o mais estulto dos espectadores. Quem não ficou esclarecido é distraído, pois claro.  De distracção em distracção têm os frangos enchido o papão. É assim. Já lá vão décadas. O Coelho amedrontado seguiu um guião muito estúpidoe até conseguiu que o fantasma Sócrates se transformasse em motivo de escusa e expediente justificativo para                                                                              o Costa..................................
 do intendente, perdão, do rato. Actualizemos. E, por mais incrível que pareça deu a conhecer como o PS ainda não tinha feito, o chamado programa pelo qual tantos economistas, maus em contas e muito esquecidos deram o couro e o cabelo. O programa é inconsistente? É inexequível? É demagogo? O pouco que é concretizado está errado? Que importa isso? Ele existe, segundo Coelho. É o que importa. Este génio governa o País há 4 anos. Valha-nos Deus. Deve ser exímio a negociar. As indecisões e as medíocres incongruências do Costa foram debruadas a filigrana pelo seu maior à-vontade. Até revelou algum sentido de oportunidade. Logo, em retórica televisiva é evidente que marcou pontos. O que é deveras engraçado - fiquemo-nos pela inoquidade - é escutar os apaniguados de um lado e do outro. Quem ganhou? Quem não ganhou? Quem perdeu? Por quantos perdeu? Vejam bem: não houve KO. Isto é que é uma cena: mas era para terminar ao 1º round ou o tempo estava generosamente repartido pelas generalistas? Lá remoques e ralhetes por ultrapassou o tempo, não respondeu á pergunta, etc. etc., ouviram-se quanto bastou. Os apaniguados ou marionetas bafejadas disseram coisas do outro mundo: o tal, advogado, em reputado escritório...de três ou quatro casas -eurodeputado e muito mais se outros mundos houvera,  que já puxara, com infelicidade não reconhecida - nunca reconhecida -, o fantasma para a campanha, melhor a pré-campanha afirmou, preto no branco ( é só expressão popular não é racismo) que não concorda com a generalidade dos analistas. Pudera. Discordar é saudável. Teimar em retóricas de algibeira é atitude de asno, perdão, de gente bem remunerada. Quem o disse foi outro euro...(de) putado.Limito-me a repetir.
Deixemo-nos de despeitos. Não sei se há coelho na costa ou se é das costas do coelho. A verdade é que não faltam nem faltarão espectáculos para entreter o Zé pagante. Sempre pagos pelo mesmo Zé, é evidente. Eles limitar-se-ão sempre - que bom - a ser os angariadores de eventos. Bem pagos. Ainda que não haja pensões, haverá sempre a voracidade dos diferentes poderes para cobrarem impostos, derramas, taxas e taxinhas para levarem os magros pensionistas e quejandos a passeio pelo País,  enquanto houver País. Vivam os Jotas.