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terça-feira, 22 de julho de 2014

DDT- pois claro.

Antes da borrasca, abordei muitas vezes questões relacionadas com ele e com outros "figurões" da mesma indústria financeira. Modéstia à parte, não me surpreenderam os acontecimentos. Várias entradas neste blog, já com anos, destacam particularmente os bacocos que pressupostamente todos nós temos sido e continuamos a ser nas expressões, alarves ou subtis, mas sempre decorrentes da inteligência genial dos figurões. Não me surpreendeu a borrasca, repito. Nem me surpreenderam as dezenas ou centenas de escrevinhadores que há semanas enchem o saco dos pobres leitores com a crise do GES/BES. Grande parte deles à espera de mais umas migalhas. Não desprezíveis, evidentemente. Bom, é inabilidade minha. O BES está óptimo. O GES é que está insolvente. Todos o dizem. Todos o proclamam. Pois claro. Veremos de que forma os Portugueses pagarão, uma vez mais, a conta obscena para evitar riscos sistémicos. Pudor, é uma coisa que se perdeu há muitos anos neste jardim. Parece que era e continuará a ser conhecido por DDT ( dono disto tudo). Belo nome. Com propriedade, teremos de admitir. Esta aprendi-a agora. Pudera. Nunca tive acesso a esses corredores. Quantos ex-tudo ( ministros, secretários, deputados, directores, subdirectores, porteiros, jardineiros, engraxadores e tanti quanti) não beneficiaram de favores do mencionado DDT? Já regressou do exílio há muitas décadas! Regressaram todos! Há décadas que vivem na maior promiscuidade com os detentores do poder político. Com todos. O Senhor DDT, os Jardins, os Oliveiras, etc, etc. Sejamos justos: é tudo pessoal de toque fino, vivendo de prebendas. Vivendo? Mas a sério. Engordando, luxuriando. O país é o seu pequeno, pequeníssimo quintal. E eles são os Cucos. E nós as marionetas, pois então. E eles sabem-no. E todos nós o sabemos. Para quê mais novelos retóricos se a realidade acabará por se impor inexoravelmente? Consulto a Wikipédia porque há sempre algo a aprender nos becos mais obscenos e grotescos. E aprendi. O DDT foi o pesticida mais usado até à década de 60. Chama-se -imaginem - dicloro-difenil-tricloroetano. E foi sintetizado, em 1939 por Paul Herman Muller. Alemão, provavelmente. Só poderia ser. Caíu em desgraça pelos danos ambientais denunciados por uma Senhora Rachel Carson, no livro Silent Spring. Os danos ambientais eram muito graves. Particularmente nos lençóis freáticos. Apesar de o DDT estar proibido em mais de oito dezenas de países, continua a ser utilizado eficazmente no combate a doenças como a malária. Podem crer que o nosso DDT também continuará a ser eficazmente utilizado. Pelos milhões acautelados, seguramente. Mas também porque poucos ou nenhuns sabem usar tão bem o tráfico de influências. Diz-se que até esteve no edifício do Conselho de Ministros, com este a funcionar. Que sorte e que consideração. Poderia ter mandado só uns recadinhos porque seria obedecido de igual forma. Como sempre foi. Em Portugal, a primeira preocupação de qualquer político é assegurar a retirada. Expressão bonita para dizer que, admitindo a sua não reeleição, o patrão a quem agradou ou fez favores dar-lhe-á o tacho conveniente e bem oleado. Em regra, é bem melhor oleado do que o tacho público que ocupou. Que ninguém se ria. Ou que todos se riam. O DDT empregou de tudo. Garanto que desde o CDS ao PCP e BE todos lhe devem favores. AH! Ocorreu-me agora. Até o rapaz da UGT lhe comunicou e foi por ele autorizado a dirigir essa estrutura importantíssima dos trabalhadores. Com grande gáudio e orgulho do chefe DDT, claro está. É a vida, diria a Guterres. Que agora é requisitado para a Presidência da República. Da quê? Bom. Sejamos comedidos.Esta linhas são sobre pesticidas. também conhecidos por praguicidas. E há muitas espécies. As que me dão particular gozo são conhecidas por nematicidas. De nematoides, ou seja, vermes. Pois então. Os nematicidas são os praguicidas indicados para os vermes. Um toque de história, para terminar, também agarrado da Wikipedia, claro está. Parece que há muitos milhares de anos que os pesticidas são usados pelo ser humano para preservar as suas culturas (!) Pelo menos desde 500 AC. No sec. XV terão sido usados produtos à base de arsénio e de mercúrio. E no sec. XVII, terá estado na moda o sulfato de nicotina. Também esta vai sendo proibida a cada passo, como sabemos. E os efeitos colaterais? Sabe-se pouco disso. Não há registos históricos. E os que há não são fidedignos. Exactamente o mesmo que daqui a 50 anos se dirá da crise de génios que agora emergem do saco e dos pandeiros do GES/BES. Vai uma aposta?


terça-feira, 1 de julho de 2014

Notas incertas e...requentadas

Há meses que nada escrevinhava nas marionetas. logo, houve apenas "ganho de causa". Mas tantas coisas têm acontecido que talvez valha a pena lambuzar duas ou três penadas. Foram as eleições europeias. A 25 de Maio. Caramba. Ainda me lembro. A sensação foi a eleição do Marinho Pinto, ex-bastonário da OA e de um outro candidato do MPT  ( Partido da Terra, imaginem). A segunda sensação consistiu na crise do pequeno vencedor (PS) apesar da derrota bem pronunciada da rapaziada no poder (PSD e CDS). A paulada foi tal que a rapaziada ficou abaixo dos 29%. Mas o PS, de modo não inesperado, perfilou-se para contestar o António José ( pouco) Seguro. Foi o Costa da CMLisboa quem lançou o repto. O Costa! Que se encolheu inúmeras vezes, vislumbra agora como inevitável um poleiro mais alto. Por pouco que faça. Por pouco que valha. Com grandes apoios nos fundadores do PS & Cª. É bem do PS. A insídia e o despeito está-lhes no sangue. Mas não é exclusivo. Caracteriza o país. Por muito que nos custe, esta é a verdade. O país tornou-se despeitado, medíocre, insidioso.
A Ucrânia tem estado a ferro e fogo. Pelo menos a chamada parte oriental, com destaque para a Crimeia, que votou esmagadoramente pelo "regresso" à mãe Rússia. O movimento contaminou outras regiões do Leste. Os USA e a UE que auxiliaram e rejubilaram com as manifestações e a paulada na praça de Kiev contra o anterior governo, ( que os revolucionários de direita conseguiram depor) entendem curiosamente que as outras rebeldias são ilegítimas. E auxiliam o uso da força por parte daqueles que nem eleitos foram. Rectificação: o presidente, dito Poroschenko (?) foi eleito por alguns no meio da trapaça. Nunca julguei que um dia poderia dar razão ao Putin, cujo nome me parece adequado à personagem. Mas este enredo da Ucrânia revela como o Ocidente está a ser governado por patetas, sem visão, sem estofo e sem valores. Os auxílios que o mesmo Ocidente prestou aos rebeldes Sírios, já serviram para criar um Califado que envolve parte da Síria e do Iraque. Toma. É o ISIS. Parece que controlo já a maioria das cidades iraquianas.
Vamos à bola. Não vamos porque o campeonato do mundo é no Brasil. Longe p'ra burro. Sendo que os rapazes milionários que deveriam ter representado o país já regressaram. Saíram aos primeiros rounds: com uma vitória suada sobre o Gana, um empate em cima da hora com os USA e uma derrota estrondosa com a Alemanha. Mas o Bento, que disso tem pouco, de nada se arrepende. Não fosse ele já Bento. E não se demite. Pudera. Onde ganharia como na FPF? Com as condições que, seguramente, lhe são aí garantidas? Ninguém se demite nesta terra. São brandos os nossos costumes. Um pouco mais do que brandos. Têm já o sinete  da resignação que a todos tolhe.
Agora é o BES e respectivo grupo. Escrevo no dia em que foram suspensas pela CMVM quaisquer operações ( compras e vendas) sobre os títulos da holding familiar e do próprio banco. Já o disse há muito tempo neste blog. Há muitos anos que não se conhece um negócio sujo, em Portugal e não só, uma negociata choruda que envolva trafico de influências ou corrupção, onde o BES ou uma empresa a ele ligada não esteja envolvida. O Senhor Salgado sempre que dizia e que diz algo para português ouvir nem se coibia nem coibe de nos tratar como imbecis. Que somos. Imagine-se que acabo de ler o seguinte: o PCP pede uma intervenção no BES, ainda que seja a nacionalização. Fico estupefacto. Depois de tudo isto, o PCP ainda quer dar dinheiro aos accionistas do BES. Arre porra que não aprendem. Melhor. Se calhar até aprendem bem. É assim que eles querem. Atrás do BPN, do BPP, do BANIF, etc. etc. só faltava vir o BES e pedir-se ao Zé que pague, uma vez mais. E lá vamos, cantando e rindo. Os bajuladores do costume, altamente maioritários entre nós, já escreveram milhares de páginas em todos os pasquins sobre a zanga dos primos Ricciardi e Salgado. E com "zangas" nos ficamos! Espero bem que não sejamos tão patetas que consigamos dar-lhes "lucro" com as zangas. Que não obtenham lucro com mais uma zanga. Por favor.