O local é típico e a paisagem deslumbrante. Hong Kong, em Maio do ano passado, e três mulheres bonitas em Maio de todos os anos: a Céu, a Judy e a Maria. Eu sou apenas o fotógrafo. O outro lado do mundo é uma experiência única, importante, que vale a pena. Hong Kong é o local manifestamente mais ocidentalizado. Mais, muito mais do que Macau, que já é o centro mundial do jogo. A nossa mente ou melhor, a minha mente tem alguma dificuldade em compreender a forma como tudo aquilo funciona, como os mecanismos sociais ou meramente económicos são oleados. A verdade é que são. Como? É uma incógnita. É preciso muito tempo para perceber e há gente que dá lições sem ter percebido. Na China é tudo grande, descomunal, imenso. Beijing não cabe em palavras nossas. Talvez nos caracteres mandarim ou noutros. Mas não nas nossas 24 letras. Nesta altura eram notícia o conflito entre as Coreias que levou a Senhora Clinton a permanecer em Beijing durante dois dias! Celebrava-se o aniversário de Tianamen. ( Só quem esteve na praça pode calcular a sua dimensão!). Veio uma estátua dos Estados Unidos para Hong Kong. Mas a polícia reduziu as celebrações ao mínimo aceitável ( para eles, claro). E quando o autor da estátua chegou a Hong Kong, parece que foi "reembarcado" para a origem. Foi o que pude compreender dos jornais. Jornais esses onde o Ocidente ocupa diminutas linhas. Muito diminutas. Há dias, um senador norte-americano dizia, a propósito das negociações para aumentar o limite da dívida pública: o problema não é a dimensão da dívida. O grande problema é termos de pagar juros à china por grande parte dessa dívida. Ah! Outra coisa aconteceu nesses dias. A própria Apple acordou que os seus computadores e telemóveis passariam a ser fabricados na China. Talvez o senador tenha razão. Quando acordarmos teremos um problema de comunicação: há pouca gente fora da China que saiba falar Mandarim. Como negociaremos então a descida dos juros? Com a fanfarronice de Kasperl, de Mr. Punch de um qualquer Roberto ou de D. Cristóbal?
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