Pesquisar neste blogue

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Me(r)dinices

Não houve cão nem gato que não botasse faladura sobre o caso da delação da CMLisboa referente aos organizadores da manifestação pró-Navalny ou anti-Putin, como se queira. O caso não é para menos. Como muita gente desconfia, Portugal está longe de ser um Estado de Direito. Há bem pouco tempo foi aprovada uma lei que será fonte de censura, a propósito de uma pretensa protecção dos direitos na era digital. Mas é o Estado ou esbirros e incompetentes de um PS que já ocupou esse mesmo Estado perante o nosso sossego cúmplice, que irá  
averiguar quais as notícias falsas ou verdadeiras. Está mesmo a ver-se. Serão falsas todas aquelas que incomodem o poder estabelecido. Como o PS tem a sanfona montada e rapazes servis em todos os altifalantes públicos ou mais ou menos públicos, quem se meter com o PS leva, como diria o falecido Jorge Coelho tão bem emitado agora pelo eterno Ministro dos estrangeiros Santos Silva que gosta de malhar na direita. Tudo bons rapazes.

Bolas! Mas voltemos ao caso da Embaixada da Rússia. O Senhor embaixador trata-nos como se fossemos atrasados mentais. Tem razão. Até acreditamos que os nomes dos activistas já foram apagados. Todos nós vimos. Foram apagados a tinta vermelha do caderno escolar. De quem? Do Senhor Santos Silva, claro está. Ele assim o disse. E deu o tom ao Embaixador do Putin. Falando sério. Elegemos nós gente que não tem a mais pequena noção do que é um Estado de Direito. Se tivesse, não se refugiaria numa lei de 1974 que, por incrível  que pareça, nem sequer diz nada daquilo que eles querem que diga. Mas se alguma coisa dissesse, sempre estaria absolutamente derrogada pelos princípios e direitos da CRPortuguesa. Pelo que nem é preciso falar da Lei de Protecção de Dados. O Medina pediu desculpa e, está bom de ver, pediu também uma auditoria. Disse que o caso é grave. E todos os realejos do PS se afinaram uma vez mais para arranjar expedientes. Não há expedientes possíveis. Voluntária ou negligentemente, a CMLisboa, de que é responsável o seu presidente Medina delatou os organizadores de uma manifestação, organizada por três cidadãos russos, dois dos quais também cidadãos portugueses. São simplesmente vergonhosos os expedientes das variadíssimas concertinas. Não foi corrigido, O Medina sabia da vergonha desde que ocorreu porque os delatados se queixaram. E actos semelhantes ocorreram desde 2011 com Medina e com o seu antecessor e agora primeiro ministro Costa. Mas ninguém será responsabilizado por isto, como nunca ninguém no PS e no seu governo geral ou governos "regionais" é responsável e jamais será. É obsceno afirmarem continuamente que nada sabem. Tentar responsabilizar subalternos administrativos. Qualquer crítica a estes figurões é um conluio contra o país ou um aproveitamento político. Os figurões são os donos do quintal. E anda um Rio Abaixo a queixar-se que o PS não quis as reformas apesar do apoio que  ele ofereceu. Não há pachorra! Apetece organizar uma manifestação em frente ao palácio de Belém. Mas é perigoso. Como é o seu inquilino que nomeia o primeiro ministro e faz questão de o dizer, será que não nos vai nomear também acessores do Medina?


 

Sem comentários:

Enviar um comentário